O ex-prefeito Marco Antônio Junqueira se manifestou sobre a sentença que o condenou, em primeira instância, por improbidade administrativa. Segundo a justiça, ele e a ex-secretária de saúde Sueli Amorim compraram grande volume de medicamentos sem licitação e acima do preço de mercado da Drogaria Soft. O sócio administrador da Drogaria, o empresário Fábio Peixoto Roque, também foi condenado na mesma ação.
“Com relação à sentença proferida pelo Meritíssimo Juiz da 1ª Vara Criminal de Caratinga, presto os seguintes esclarecimentos à população. Como é de conhecimento de todos, esforcei-me desde o primeiro dia do meu mandato para resgatar e restaurar as boas práticas de gestão à frente da Prefeitura. Jamais agi com a intenção de beneficiar quem quer que seja, mas a de atender à população. A sentença proferida, embora de lavra de juiz culto, sério e imparcial, merecedor da minha admiração e respeito, mostra-se equivocada quanto ao que efetivamente ocorreu e quanto ao melhor direito aplicável à espécie. Nossa defesa recorrerá da sentença ao Tribunal de Justiça de Minas Gerais onde, tenho certeza, o exame das provas revelará que nenhum crime foi cometido, que nenhum prejuízo houve para Caratinga e que minha atuação, desde que alertado de eventuais equívocos nos setores responsáveis, foi totalmente voltada para sua correção e adequação às melhores práticas administrativas. Continuo a confiar na Justiça e, sereno, aguardarei a decisão do Tribunal Justiça que, não tenho dúvida, reconhecerá minha inocência”, disse em nota o ex-prefeito.
De acordo com a sentença do juiz Consuelo Silveira Neto, da 1ª Vara Criminal e de Execuções Penais do Fórum de Caratinga, Marco Antônio deverá prestar serviço comunitário e pagar 15 salários mínimos. Sueli e Fábio também deverão prestar serviços à comunidade e pagar 10 salários mínimos. Cada um deverá, ainda, pagar multa de R$ 10.224,00, que deverá ser revertida ao erário municipal.
A ex-secretária de saúde e Fábio Peixoto não irão se pronunciar.