O debate não terminou depois que o Conselho Municipal do Patrimônio Histórico e Cultural de Caratinga deliberou sobre o fim do estacionamento de carros em frente à Catedral São João Batista, na praça Cesário Alvim. O conselho e a Igreja Católica ainda se manifestam sobre a decisão, além das opiniões divididas nas redes sociais.
Monsenhor Raul Mota de Oliveira, que está perto de completar 90 anos e já ocupou funções estratégicas na hierarquia da igreja local, como vigário geral e pároco da catedral, dentre outras, falou à Doctum TV sobre o assunto. Monsenhor recorda os primórdios da história de Caratinga, quando os pioneiros doaram uma grande extensão de terra para o padroeiro local São João Batista.
Ele se queixa de que o terreno doado era muito maior que a praça Cesário Alvim. Se a doação tivesse sido respeitada, a igreja seria proprietária de uma área maior que todo o município de Caratinga, de acordo com o próprio Monsenhor.
Para justificar o direito da igreja de usar o estacionamento em benefício de suas atividades, Monsenhor Raul lembra do trabalho da igreja no fechamento da praça Cesário Alvim, em frente à Catedral, onde antes passava uma rua. Também cita outras igrejas que até comercializam estacionamento em suas portas – apesar dessas não estarem dentro de uma praça cercada de pavimento para pedestres.
Por fim, Monsenhor Raul faz um apelo à prefeitura e à Câmara de Vereadores para que parte do terreno da praça seja doado à Igreja Católica para, segundo Monsenhor, evitar debates como o de agora.