Alguns funcionários que foram demitidos do Hospital Nossa Senhora Auxiliadora, de Caratinga, no ano passado, procuraram a nossa equipe de jornalismo para se queixar da falta do pagamento combinado pelo Estado. Alguns deles dizem estar passando por dificuldades financeiras e já procuraram a justiça para tentar resolver a situação.
Francisco Paulo trabalhou como recepcionista e foi um dos demitidos. Ele explica que não recebeu nenhuma parcela do salário combinado:
A situação foi transmitida à diretoria do hospital, que informou que todas as dívidas trabalhistas foram reunidas em um processo. Segundo o hospital, mensalmente é depositada uma quantia que, somada aos créditos a receber dos municípios que integram a microrregião da saúde, seria suficiente para pagar os débitos trabalhistas.
Os débitos de alguns municípios com o hospital superam R$ 2,9 milhões, valor suficiente para quitar toda a dívida trabalhista existente.
O hospital é filantrópico e depende, quase que exclusivamente, de verbas públicas. Com os constantes atrasos do Estado e inadimplência dos municípios não tem sido possível cumprir todos os compromissos assumidos.
A instituição esclarece que várias demissões ocorreram para diminuir custos e, em momento algum, servidores procuraram a administração do hospital depois de 9 de abril de 2018, quando foi encerrada a intervenção consensual do Ministério Público.