A Petrobrás fez o maior corte no valor da gasolina nas refinarias desde o anúncio da política de ajustes diários dos combustíveis, em vigor a partir de julho do ano passado. A redução foi de 6,35% e se deu em meio à valorização do real ante o dólar e também a um enfraquecimento das referências internacionais do petróleo.
O consumidor poderia comemorar a notícia se o corte se refletisse no preço final nas bombas, o que não está acontecendo em Minas Gerais. O proprietário da Rede de Postos Itaúna, Giovânio Ribeiro de Sá, explica que, infelizmente, o Governo de Minas aumentou a alíquota do ICM no dia seguinte à queda do preço anunciado pela Petrobrás.
Giovânio dá exemplo de como os impostos em Minas prejudicam o setor e diz esperar uma nova política do governador eleito.
Há sempre questionamentos quanto ao alto preço dos combustíveis praticado em Caratinga. Uma das hipóteses dos consumidores é a formação de cartel, quando diferentes proprietários de postos entram em acordo para fixar determinado valor a ser praticado, com a finalidade de evitar a concorrência e obter mais lucro. Um indício desta prática ilegal é a constatação de preços muito parecidos em vários postos de determinada região.
Giovânio de Sá afirma que não há cartelização de postos de combustíveis em Caratinga e justifica dizendo que os preços podem ser parecidos, às vezes, mas que o lucro está nas casas decimais do preço.
Nova redução de preço nas refinarias é aguardada para esta quarta-feira (7), com expetativa de queda de 0,74%.