O governador de Minas Gerais, Romeu Zema, fez um balanço dos primeiros seis meses de administração no noticiário da manhã de hoje (9) da Globo Minas. Zema falou das dificuldades diante de uma das maiores crises financeiras da história do Estado. Disse que assumiu o governo com um déficit de R$ 115 bilhões e que esse valor já aumentou em mais R$ 15 bilhões.
Para Romeu Zema, a reforma da Previdência é imprescindível para que os estados mais endividados, como Minas Gerais, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul, saiam da penúria financeira. Zema defende a adesão ao regime de recuperação fiscal para equilibrar as contas mensais e disse contar com o apoio dos deputados estaduais. Só depois das contas equilibradas, segundo o governador, será possível normalizar o pagamento dos servidores estaduais.
Sem a reforma, os salários poderão atrasar ainda mais a partir do ano que vem.
O governador ainda defende a privatização de empresas estatais como a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) e a Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa), além de limitar o teto salarial dos servidores públicos estaduais. Ele explicou que as despesas não deveriam ultrapassar 60% da receita, mas que, atualmente, esse percentual está na casa dos 80%.
Zema também falou sobre saúde. Segundo ele, os hospitais regionais em construção devem ser entregues por meio de um chamamento de instituições filantrópicas que deverão concluir as obras e pôr em funcionamento boa parte deles. Quanto ao Instituto de Previdência dos Servidores do Estado de Minas Gerais (Ipsemg), o atendimento básico deverá ser retomado em todos os hospitais credenciados até o final do ano.
A entrevista completa com o governador Romeu Zema está disponível no site G1 Minas Gerais.