Todos os animais têm direito à vida, ao respeito e à proteção do homem. Não devem ser maltratados e nunca abandonados, porém a realidade é bem diferente. O que se pode ver com frequência nas ruas de Caratinga são animais feridos, doentes e que representam riscos à saúde pública.
A situação dos animais de rua é hoje uma das questões mais discutidas em Caratinga. O quadro vem se agravando desde 2013, quando o Ministério Público denunciou o município por maus-tratos no canil. A administração municipal da época foi acusada de manter os animais em ambiente insalubre, sem água e comida, sem assistência veterinária e de praticar eutanásia constante, inclusive, com sofrimento do animal. Desde então, a prefeitura parou de recolher cães e gatos das ruas. Como o abandono não diminuiu, boa parte da responsabilidade que deveria ser, em primeiro lugar, dos proprietários desses animais, tem sido assumida por protetoras voluntárias. Um pequeno grupo de pessoas que doa parte do seu tempo à causa, se esforça para arcar com despesas de vacinas, medicamentos, cirurgias, além da busca por lares provisórios e famílias adotantes.
Agora, a prefeitura volta a falar na estruturação de um canil municipal. Um espaço está sendo preparado no parque de exposições, no Bairro das Graças, para 200 cães e gatos. De acordo com o prefeito Welington Moreira, falta pouco para a conclusão das obras e alguns animais já foram recolhidos.
Um dos sonhos das protetoras é trazer para Caratinga um veículo equipado para cirurgias de castração, o chamado “castramóvel”. Algumas tentativas foram frustradas no passado e, agora, o prefeito Welington Moreira fala em trazer esta estrutura para atender os animais abandonados. O prefeito também afirmou que não será feita eutanásia de animais que não ofereçam risco à saúde pública.
A castração de machos e fêmeas é considerada um método definitivo e humanitário de prevenir a superpopulação e o abandono de cães e gatos.