Neste mês de dezembro a diretoria do Hospital Nossa Senhora Auxiliadora, de Caratinga, está prestando contas dos serviços oferecidos nos últimos quatro meses, após a reabertura. Já foi promovida uma audiência pública para a comunidade e o balanço também foi apresentado na Câmara Municipal. Nesta quinta-feira (5), o médico Flávio Takaoka, da equipe do Instituto Solidário que gerencia o hospital, esteve na Rádio Cidade. Ele resumiu a situação da unidade de saúde que atende uma população estimada de duzentos mil habitantes na microrregião de Caratinga.
Segundo Dr. Flávio, nos últimos quatro meses foram admitidas 1.619 internações. O número é considerado significativo diante do tamanho do hospital e da atual circunstância. Os atendimentos no setor de emergência e o número de cirurgias também são expressivos, além do suporte às gestantes e seus bebês com a reabertura da maternidade e das UTIs Adulto e Neo-Natal.
Uma das indicações do Governo do Estado, quando procurado para socorrer financeiramente o Hospital Nossa Senhora Auxiliadora, era a definição do perfil de serviços oferecidos. Anteriormente, o hospital não estava focado em se desenvolver em determinadas áreas específicas como agora.
Nesses meses os funcionários têm recebido os salários em dia e o pagamento dos médicos referente a novembro está sendo providenciado.
A nova diretoria tem se esforçado para oferecer novos serviços que agreguem valor com melhor financiamento a nível federal. Planeja-se implantar serviços nas áreas de oftalmologia, hemodinâmica e, futuramente, de oncologia. Como não há reajuste na tabela do SUS, é preciso criar receitas que compensem o subfinanciamento do sistema. Até o momento, contudo, as contas do hospital continuam no vermelho.
O médico disse que o setor que apresenta maior déficit é o chamado “porta aberta”, que atende as emergências. Estuda-se, segundo Dr. Flávio, um aporte das prefeituras para cobrir as despesas nesta área, somando-se à verba do Estado. Hoje as prefeituras mantém convênio para cirurgias eletivas.
De acordo com Dr. Flávio, o Governo do Estado ainda têm verbas atrasadas do ano de 2018 e não há perspectiva de repasse destes valores. Além disso, uma verba extra de R$ 500 mil mensais foi suspensa, porque a resolução que a autoriza não foi renovada.
Diante do quadro ainda preocupante, o médico afirmou que as campanhas promovidas pela comunidade contribuem muito para amenizar os problemas de alguns setores.
A mensagem do médico para a população sobre o trabalho que vem sendo conduzido pelo Instituto Solidário junto com a diretoria do Hospital Nossa Senhora Auxiliadora é de fortalecimento do diálogo.
Entrevista para o “Estúdio 89” – nossa live no Facebook