Bares, restaurantes e lanchonetes funcionam em Caratinga no sistema delivery ou retirada no balcão desde a publicação do último decreto municipal que limitou a atividade para conter o contágio pelo novo coronavírus. A medida atendeu liminar do Tribunal de Justiça de Minas Gerais. Desde antes, porém, este segmento vem sofrendo os reflexos da pandemia. Alguns estabelecimentos fecharam, outros demitiram funcionários e alguns tentam se manter com ajuda do governo ou como podem.
Cerca de vinte proprietários de bares, restaurantes e lanchonetes se reuniram nessa segunda-feira (1º), no Classic Bar, para conversarem sobre as dificuldades enfrentadas. Eles querem propor ao governo municipal o que chamam de “abertura consciente”, respeitando as recomendações sanitárias.
O ex-proprietário do Booom Bar, que funcionava na avenida Moacyr de Mattos, participou do encontro. Badú Oliveira tem agora um bar menor, na avenida Tancredo Neves, e acredita que é possível receber o público com segurança.
Ele disse que os comerciantes estão dispostos usarem vasilhames descartáveis, se for preciso.
Badú falou também que o grupo pretende agendar uma conversa com o prefeito Wellington Moreira, destacando que o sistema delivery não é suficiente para manter aluguel e funcionários.
Edgar Júnior, do Classic Wash Bar, acredita que é possível manter a atividade, porque as pessoas estão mais conscientes sobre os cuidados que devem ser tomados.
Ele também argumenta que os bares não são os locais que tem apresentado maior nível de aglomeração.
O segmento de alimentação de Caratinga tem um grupo no WhatsApp do qual participam cerca de 35 proprietários de bares, restaurantes e lanchonetes.