Funcionários dos Correios deflagraram uma greve nacional às 22h dessa segunda-feira (18). As agências de Caratinga mantiveram o funcionamento nesta terça-feira. Segundo a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas dos Correios e Similares (Fentect), a paralisação dos funcionários é por tempo indeterminado, em protesto contra a retirada de direitos, a privatização da empresa e a ausência de medidas para proteger os empregados da pandemia do novo coronavírus.

Por e-mail, os Correios informaram que não pretendem suprimir direitos dos empregados. A empresa disse que propõe ajustes dos benefícios concedidos de acordo com o que está previsto na CLT e em outras legislações. Segundo a nota enviada pelos Correios, as reivindicações da Federal Nacional dos Trabalhadores em Empresas dos Correios e Similares, custariam aos cofres dos Correios quase R$ 1 bilhão – dez vezes o lucro obtido em 2019. A nota ainda diz que trata-se de uma proposta impossível de ser atendida. Assim, a estatal persegue dois grandes objetivos: a sustentabilidade da empresa e a manutenção dos empregos de todos.

O atendimento dos Correios em Caratinga foi mantido nesta terça-feira (18), contando com um plano de contingência que disponibilizou mais funcionários para garantir os serviços, apesar das operações estarem mais lentas. Dos cerca de 20 funcionários que trabalham na Central de Distribuição localizada às margens da BR-116, em Caratinga, apenas seis estão atuando, garantindo um percentual mínimo de funcionamento, conforme informação colhida com a própria equipe.