O aumento de casos de Covid-19 em um ritmo que está levando um número cada vez maior de pacientes aos hospitais tem colapsado o sistema de saúde em várias cidades do país. Em Minas Gerais, cinco regiões estão na onda roxa do Plano Minas Consciente. Apenas atividades essenciais nas cidades do Triangulo do Norte, Triângulo do Sul, Norte e microrregião de Ponte Nova estão autorizadas. Outros municípios aderiram à onda roxa voluntariamente, como Juiz de Fora, Ouro Preto e Itabira.
Alguns pacientes em tratamento da Covid que precisam de UTI nestas regiões estão sendo transferidos para hospitais de outras cidades de Minas. O Hospital CASU, em Caratinga, recebeu mais de dez, recentemente, e chegou perto da ocupação máxima dos leitos. A alta demanda levou o hospital a pedir credenciamento de mais 15 leitos, chegando ao total de 100 para adultos e cinco para crianças, além dos 25 de enfermaria.
A diretora administrativa do CASU – Hospital Irmã Denise, Raquel Carvalho, explicou que a capacidade instalada é de 130 leitos e ao longo da pandemia o número de vagas de enfermaria foi sendo reduzido para ampliar as vagas na UTI. Segundo ela, as ações têm sido norteadas pelo Plano de Contingência elaborado em abril do ano passado em conjunto com o poder executivo municipal.
Raquel Carvalho esclareceu qual é a prioridade de disponibilização dos leitos, já que, atualmente, muitos estão sendo ocupados por pessoas que não moram na macrorregião.
Ela afirmou que, apesar da ampliação de leitos de UTI, ainda não há motivos para se preocupar quanto ao abastecimento de oxigênio para atender os pacientes.
O secretário de Saúde Érick Gonçalves aproveitou para dizer que o município, o Estado e o Governo Federal estão fazendo sua parte e cabe à população fazer a dela.
Os 105 leitos de UTI do Hospital CASU são financiados pelo Ministério da Saúde e pelo Governo do Estado.