O desfecho do desaparecimento da enfermeira Priscila Cardoso da Silva, de 35 anos, chocou a região nesse fim de semana. O corpo dela foi encontrado na manhã de sábado (20), às margens de uma estrada para Ipaba. Priscila havia sido vista pela última vez na segunda-feira anterior. O assassino foi preso no Espírito Santo, na noite da sexta-feira, e confessou o crime. Porém, alegou que tinha um relacionamento com ela e que o disparo de arma de fogo foi acidental.
Reginaldo Ferreira de Souza, o “Pau Veio”, de 49 anos, é natural de Caratinga, mas morou em outras cidades, onde cometeu crimes e, por causa de um homicídio, cumpre sentença. Apesar da alegação de crime passional e de não ter tido intenção de matá-la, a polícia também trabalha com a hipótese de latrocínio – roubo seguido de morte.
O autor confesso do assassinato da enfermeira Priscila Cardoso disse que mantinha um romance com a vítima e que ela teria terminado com ele ao descobrir seu passado de crimes. Reginaldo alega que conheceu Priscila em um bar perto do trabalho dela, no bairro Cidade Nova, em Santana do paraíso. Em depoimento à polícia, contou que não aceitou o fim do relacionamento. O advogado Rodrigo Márcio, conhecido no Vale do Aço como “Capa”, atua na defesa dele e relata a versão do seu cliente.
O autor seguiu com o carro de Priscila, um Chevrolet Onix branco, até Teixeira de Freiras, na Bahia. De lá, fugiu em um carro de aplicativo para o Espírito Santo.
A enfermeira desapareceu na tarde da última segunda. Reginaldo foi preso na sexta depois de uma operação ampla da polícia que localizou o apartamento onde ele morava e analisou câmeras de segurança de três estados. O rastreador do carro da vítima também foi importante para desvendar o crime. O corpo encontrado na manhã de sábado.
A polícia considera a hipótese de que o assassino estivesse monitorando a enfermeira para roubar o Onix e levar o veículo até a oficina de clonagem na Bahia onde o carro foi encontrado. O veículo pode ter sido encomendado a ele.
De acordo com o delegado da Polícia Civil em Santana do Paraíso, Alexandro Silveira Caetano, o autor não reagiu à prisão e rapidamente confessou ter matado Priscila.
O corpo da enfermeira foi encontrado sem blusa. Exames irão dizer se ela foi violentada.