O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) de Ipatinga concluiu outras três investigações referentes a licitações da prefeitura de Ubaporanga. A primeira trata de uma licitação na modalidade pregão presencial, ocorrida no ano de 2017, para contratação de uma floricultura. Segundo as investigações, houve fraude tanto na fase interna, como na fase externa.
De acordo com o delegado Gilmaro Alves, a empresa seria de propriedade de um funcionário do próprio setor de licitações, que durante seu horário de serviço negociava a compra e venda das mercadorias junto a empresários e clientes. Os gastos com a floricultura chegaram a R$ 55 mil.
O segundo caso envolve uma empresa de publicidade de Inhapim, que teria sido contratada para prestar serviços de assessoria de imprensa ao órgão executivo de Ubaporanga. Segundo apurado pelo Gaeco, mesmo a empresa tendo recebido parte dos valores, o serviço nunca foi prestado.
O terceiro caso diz respeito à licitação de um posto de gasolina. Seis pessoas foram investigadas e denunciadas, entre elas os componentes da comissão de licitação. Nesse serviço, o total recebido pela empresa foi de R$ 292 mil em 2017, R$ 344 mil em 2018, R$ 2.355.242 em 2019 e R$ 699 mil no ano de 2020 (de janeiro a agosto), somando mais de R$ 3 milhões.
Em todos os procedimentos, segundo as investigações, foram apresentados indícios de irregularidades. O delegado Gilmaro Alves diz, inclusive, que as bombas do posto foram reprovadas pelo Immetro.
O Gaeco investiga também o desaparecimento de alguns processos licitatórios originais após o início das investigações e a saída do ex-prefeito, que atualmente encontra-se preso por tentativa de homicídio.