Avião que levava Marília Mendonça é retirado do local da queda. Começa investigação das causas da tragédia

Por Rádio Cidade

08/11/2021 às 18:01

Caratinga foi destaque nacional e até internacional ao ser palco de mais uma tragédia que ficará marcada na história da música brasileira, a morte da cantora sertaneja Marília Mendonça e de outras quatro pessoas que viajavam com ela em um avião bimotor. A notícia que chegou aos poucos enquanto a Rádio Cidade e toda imprensa cobria a queda da aeronave na cachoeira do Córrego do Lage, deixou milhares de pessoas em luto.

 

A noite da última sexta-feira (5) era para ser de festa com o show da cantora em Caratinga. Mas no horário em que ela estaria no palco, no Parque de Exposições, fãs se reuniam na Praça Cesário Alvim em homenagem à artista.

O avião de uma empresa de táxi aéreo de Goiânia foi retirado do local nesse domingo (7), numa operação delicada que contou com o esforço de várias equipes. Por volta das 17h foi transportado para o pátio credenciado do Detran, Fervel.

 

Os dois motores foram removidos nesta segunda-feira. A programação inicial era içar os motores com ajuda de um helicóptero, mas questões ambientais inviabilizaram a operação. Para que o helicóptero tivesse acesso com segurança, seria preciso cortar várias árvores e isto não pode ser feito sem autorização de órgãos ambientais. Sendo assim, a alternativa foi retirá-los por terra.

 

 

Depois que todos os destroços estiverem no pátio, um único veículo irá levá-los para o Aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, onde deverá passar por mais uma perícia.

O bimotor foi liberado para remoção depois da inspeção do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos, Cenipa. Especialistas da regional três, do Rio de Janeiro, estiveram em Caratinga durante todo o sábado. De acordo com o Tenente-Coronel, aviador Silveira, além da coleta de dados para análise posterior, foi recolhido um equipamento que irá informar exatamente o trajeto feito pelo piloto.

Ainda na sexta-feira a Cemig confirmou o rompimento de um cabo da torre de energia que fica perto da cachoeira onde o avião caiu. Conforme a companhia, o cabo é um fio-terra e não estava energizado. A Cemig também demonstrou que a rede está fora da área de proteção do aeródromo de Caratinga. Por esse motivo, não é obrigatória a sinalização da rede. A informação foi confirmada pela Aeronáutica.

Para buscar as causas que contribuíram para o acidente, técnicos do Cenipa também vistoriaram o ponto onde a rede foi rompida.

O trabalho do Cenipa foi acompanhado de perto pela assessoria jurídica de Marília Mendonça, que enviou dois advogados. Maurício Carvalho era um deles.

Tenente-Coronel Silveira explicou que não há prazo para conclusão das investigações.