O delegado regional de Caratinga, Ivan Sales, e o médico-legista Thales Bittencourt, falaram na tarde desta quinta-feira (25) sobre o andamento das investigações do acidente aéreo que matou a cantora Marília Mendonça e outras quatro pessoas no último dia 5.
De acordo com o médico-legista, todas as vítimas não tinham doenças que pudessem ter colaborado para o óbito. Também foi confirmado, oficialmente, que a causa das mortes foi politraumatismo contuso, causado pelo forte impacto da aeronave no solo.
Os trabalhos avançaram com a coleta de depoimentos do advogado da empresa que agenciava o show de Marília Mendonça, do proprietário da empresa de táxi aéreo e também de um piloto que estava vinte minutos atrás do bimotor que se acidentou. Conforme o delegado Ivan Sales, a Polícia Civil começa a descartar a possibilidade de problema mecânico no avião antes da queda, a partir do relato desta testemunha. A confirmação definitiva, contudo, depende de laudo do Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos).
A Polícia Civil ainda não pode dizer que o choque com o cabo da rede elétrica da Cemig causou a queda e também é preciso esclarecer por que o piloto voava a baixa altitude.
O delegado aproveitou para explicar por que os depoimentos testemunhais são menos importantes que os laudos técnicos em uma investigação como esta.
A polícia aguarda a conclusão dos laudos dos órgãos da aeronáutica para apurar eventual crime. A investigação do Cenipa objetiva esclarecer as causas para evitar novos acidentes.