Polícia Civil indicia médicos por homicídio de paciente submetida a cirurgia em Bom Jesus do Galho

Por Rádio Cidade

22/03/2023 às 16:22

A Polícia Civil concluiu o inquérito que apurava a morte de uma paciente de 38 anos. Ela foi submetida a cirurgia de colecistectomia no dia 24 de novembro de 2016 no Hospital Aminas, em Bom Jesus do Galho, e horas após veio a óbito. Dois médicos foram indiciados por homicídio, o responsável pela cirurgia e o plantonista.

 

 

Segundo o delegado responsável pelas investigações, Sávio Moraes, ficou devidamente comprovado que o médico cirurgião foi embora após a conclusão do ato cirúrgico e não prestou o devido auxílio no pós-operatório. A paciente apresentou intercorrências logo após a cirurgia. A equipe médica plantonista tentou contatar o cirurgião via telefone, mas não conseguiu falar com ele. Dessa forma, ainda conforme a autoridade policial, ficou evidenciada conduta negligente do médico que se ausentou do hospital sem esperar a evolução do quadro pós-operatório.

 

 

O delegado também explica que verificou-se uma sequência de erros e de atos omissivos que começaram às 19h, início do plantão médico, e só finalizaram às 4h40m com o óbito da paciente. Ou seja, foram quase dez horas de intercorrências médicas e de omissão por parte do médico plantonista, hoje com 70 anos.

 

 

Laudo da perícia médico-legal constatou nexo causal entre procedimento cirúrgico e o óbito. Também foram detectados indícios de que a evolução desfavorável do caso ocorreu por inobservância de regra técnica de profissão, arte ou ofício.

 

 

O inquérito foi concluído e o médico plantonista foi indiciado pelo crime de homicídio doloso simples, na modalidade omissão imprópria. Já o médico cirurgião foi indiciado por homicídio culposo majorado por inobservância de regra técnica de profissão.

 

 

Agora, o inquérito segue para a Justiça para os procedimentos legais de praxe.