Os advogados da ex-secretária de Planejamento e Fazenda da Prefeitura de Caratinga, Fernanda Dimonnaê, que ainda está foragida, se manifestou em defesa de sua cliente. A nota emitida à imprensa não cita a disposição da investigada de se apresentar à polícia.

Fernanda, chamada de “super secretária” pelos amplos poderes delegados a ela enquanto ocupava cargo na administração do prefeito Dr. Giovanni, é um dos alvos da operação “Forasteiros” da Polícia Civil. A investigação apura fraudes em licitações na Prefeitura de Caratinga, praticadas por um grupo de pessoas de fora do município que ocupou cargos estratégicos no governo municipal. Outras cinco pessoas foram presas temporariamente. Entre elas, o ex-assessor executivo da prefeitura, Flávio Araújo, e a recém-exonerada secretária de Educação Alverina Mariana Sabina.

Em nota, o escritório de advocacia Jan Fellipe afirma que o mandado de prisão expedido em nome de Fernanda foi arbitrário, sem que ela tivesse sido previamente intimada ou dada oportunidade de defesa. Ainda alega que a ação viola garantias constitucionais fundamentais. Os advogados falam em perseguição política, uma vez que a ex-secretária teria encontrado resistência de setores da administração municipal ao tentar corrigir supostas irregularidades. Tal posicionamento, teria resultado em ataques à sua honra e tentativa de obstrução de suas funções.

Ainda conforme a nota, a defesa ressalta que vai trabalhar integralmente na legalidade, na transparência e na moralidade administrativa.

As investigações sobre o caso continuam. Segundo o delegado responsável pelo inquérito, Luiz Eduardo Gomes, há grande volume de provas documentais que respaldam as acusações. Aparelhos eletrônicos dos investigados foram apreendidos na última segunda-feira (24) e estão sendo analisados pela perícia técnica.