De acordo com estudo divulgado pela Confederação Nacional do Transporte (CNT), o trecho da BR-116, próximo a Inhapim, está entre os locais mais perigosos para se trafegar em todo o país. O levantamento denominado “Acidentes Rodoviários e a Infraestrutura” foi o primeiro a indicar, em escala tão reduzida, os locais mais críticos das rodovias federais. O trabalho da CNT relacionou os acidentes com vítimas registrados pela Polícia Rodoviária Federal e as características da infraestrutura viária: estado geral, sinalização, pavimento e geometria da via.
O estado de Minas Gerais teve no período entre 2007 e 2017 o maior número de acidentes. Segundo o documento, o estado registrou 14,9% do total do número de óbitos no período (12.367). A Bahia ficou em segundo lugar no ranking, e Paraná na terceira posição. Considerando os acidentes de trânsito com vítimas nas rodovias federais brasileiras, entre 2007 e 2017, Minas Gerais também foi recordista em número de ocorrências, com um percentual de 15,3% dos casos.
Outro dado do estudo é que apenas oito rodovias concentram mais de 50% do total de mortes ocorridas de 2007 a 2017, dentre elas, a BR 116, que corta Caratinga.
Nos cem trechos classificados como mais perigosos do país, consta a BR-116, em Inhapim, que de acordo com o estudo teve oito mortes e 10 acidentes no período, aparecendo na 39ª posição.
Os realizadores do levantamento concluíram que as rodovias são importantes porque possuem grande extensão e estão situadas em eixos de fluxo elevado de veículos. Entretanto, elas estão com a capacidade saturada, o que pode explicar, em parte, o elevado número de mortes e acidentes. Ainda de acordo com a CNT, o investimento em infraestrutura nessas vias é essencial, sobretudo em duplicação, implantação de acostamento e sinalização. Só assim os índices alarmantes de ocorrências poderão diminuir.