O Jornal da 89 deu destaque no início de abril ao corte de 81 mil vagas da educação integral, na rede estadual de ensino, promovido pelo Governo de Minas. Milhares de famílias em todo o estado foram surpreendidas com a notícia de que seus filhos não poderiam mais ficar na escola de 7h às 17h por causa de uma medida de contenção de gastos. Segundo o governo Romeu Zema, um dos motivos do corte era a preocupação com a merenda escolar, já que a crise financeira estava comprometendo a alimentação de vários alunos.
Pouco mais de dois meses após a notícia, é anunciado um novo posicionamento da Secretaria de Estado da Educação. De acordo com a secretária Júlia Sant’Anna, o governo viabilizou a retomada da educação integral em 390 municípios mineiros, restituindo 34 vagas das 81 mil suspensas.
A secretária destacou que a retomada da educação integral na rede estadual chega com um novo modelo pedagógico. Ela também explicou o critério usado para reabrir as vagas em determinadas localidades.
Somente na região da 6ª Superintendência Regional de Ensino, sediada em Caratinga e composta por outras 23 cidades, o número de turmas da educação integral caiu de 29 para apenas 12. Os prejuízos são muitos. Além da queda na qualidade do ensino, o corte coloca em risco a segurança alimentar, já que muitas famílias contam e precisam da escola para alimentar adequadamente seus filhos. Há centenas de casos do tipo na nossa região. Crianças que