A Justiça suspendeu o acolhimento de crianças no Lar das Meninas, em Caratinga, considerando denúncias de maus tratos e falta de infraestrutura necessária para o acolhimento de crianças e adolescentes.

O pedido foi feito pelo Ministério Público, que apontou falhas e responsabilizou ainda a Prefeitura de Caratinga pela falta de fiscalização e de financiamento adequado para que as atividades fossem mantidas com qualidade. Agora, a prefeitura tem 60 dias para apresentar um novo local para acolher crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade.

As denúncias foram feitas por ex-funcionárias da instituição que apontam supostas agressões físicas e verbais, restrição de alimentos e roupas, além da falta de atendimento técnico adequado. No entanto, o Lar das Meninas nega as denúncias e afirma que vai recorrer dessa decisão.

Por meio de nota, emitida através do advogado Max Capella, o Lar das meninas reafirmou que as situações retratadas não condizem com a realidade da instituição. A instituição ainda destacou que desempenha um papel crucial no sistema de proteção à infância e juventude, atendendo os princípios e obrigações estabelecidos em lei, bem como oferece um ambiente seguro, acolhedor, semelhante a uma residência, com atendimento personalizado, equipe técnica qualificada e respeito aos direitos dos acolhidos.