A AMAC – Amigos dos Meninos Assistidos, instituição fundada em 1996, irá receber meninas em situação de vulnerabilidade pela primeira vez em sua história de atuação em Caratinga. Um quarto do imóvel está sendo ampliado para abriga-las com entrada independente. Outros três quartos para os meninos serão mantidos, também com acesso exclusivo.
A instituição ampliou o convênio com a prefeitura para acolher meninas com idade entre zero e 18 anos, além da assistência que já oferece aos meninos da mesma idade. Agora, uma única entidade poderá receber irmãos de ambos os sexos. Até então, irmãos que precisavam ser afastados de suas famílias por medida de proteção, quando meninos e meninas, eram separados.
Conforme a coordenação da AMAC, nenhuma menina foi encaminhada pela Justiça para acolhimento, desde que o Ministério Público suspendeu as atividades do Lar das Meninas. Nesse episódio, o MP apontou falhas e responsabilizou a Prefeitura de Caratinga pela falta de fiscalização e colaboração financeira adequada ao Lar. Na denúncia, foi dado prazo de 60 dias para o município apresentar um novo local para as crianças e adolescentes. A AMAC acabou sendo escolhida para assumir esta responsabilidade.
Recurso
A direção do Lar das Meninas manifestou-se por meio de nota dizendo-se inconformada com a decisão judicial que determinou a suspensão dos serviços. Também informou que irá recorrer judicialmente em Segunda Instância.
Família Acolhedora
Além da AMAC segue em vigor, em Caratinga, o projeto Família Acolhedora, outra opção para os menores em situação de vulnerabilidade. Neste formato de acolhimento, o menor é recebido por uma família por um tempo determinado. O modelo é defendido como o mais adequado, considerando o impacto psicológico causado nas crianças e adolescentes que precisam deixar seus familiares.
A família colhedora é capacitada para esta função e o objetivo é oferecer cuidado, proteção e convivência sadia até que o acolhido retorne ao lar de origem ou, caso não seja possível, seja encaminhado para adoção. Esta é a primeira solução provisória buscada quando bebês precisam ser afastados dos pais.