O autor confesso da tentativa de homicídio contra um funcionário do Supermercado do Irmão, em Caratinga, se apresentou nesta terça-feira (20), na delegacia. Ele não estava mais em condição de flagrante e, como se disponibilizou por meio do advogado a colaborar com o processo, deverá aguardar os trâmites legais e judiciais em liberdade.
Na tarde do último sábado (17), o autor entrou na loja do Supermercado do Irmão da rua Raul Soares empurrando uma bicicleta e se dirigiu ao setor de hortifrúti, onde a vítima trabalha. A vítima conta que ouviu ser chamada e quando se aproximou do autor foi baleada três vezes. Em seguida, o homem fugiu na bicicleta e não foi localizado. O funcionário do supermercado foi socorrido na Casa de Saúde União com ferimentos no pescoço, ombro e braço.
De acordo com o advogado Max Capella, seu cliente cometeu o crime motivado por desavenças familiares. O advogado fez questão de também atribuir a atitude dele ao consumo excessivo de álcool naquele dia.
Apesar das desavenças mencionadas pelo autor, o próprio advogado afirma que não teria havido qualquer desentendimento mais grave entre os dois.
Os tiros teriam sido disparados de uma garruba calibre 22, que foi dispensada no rio durante a fuga. A arma não foi localizada.
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O homem apontado como autor do assassinato de Matheus Victor Fagundes Soares é considerado, agora, foragido da Justiça. Depois de ser ouvido na delegacia de Caratinga duas vezes, e liberado junto do advogado, a Polícia Civil representou pela expedição de mandados de busca e apreensão e de prisão preventiva. A Justiça acatou a solicitação e autorizou os mandados, mas o suspeito não foi encontrado na casa dele nesta sexta-feira (22).
De acordo com a Polícia Civil, exames periciais constataram que a arma entregue na delegacia pelo suspeito, nessa segunda-feira (18), um dia após o homicídio, não foi utilizada na ação criminosa. Conforme o delegado Sávio Moraes, a formalização de outros elementos também demonstrou a real dinâmica e motivação do assassinato.
Na tarde de hoje (22), o advogado do suspeito voltou à delegacia e formalizou a entrega de uma segunda arma de fogo, um revólver calibre .38, que será submetido a exames periciais.
Matheus Victor, de 28 anos, foi morto no início da madrugada desse domingo, com um tiro na cabeça, no bairro Santa Zita.
As investigações continuam.
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